Neste artigo trazemos à tona
alguns fatos da vida da Padroeira de Imperatriz/MA que poucas pessoas conhecem
e que revelam um dos vários dons dela: O dom da mediunidade.
Inicialmente queremos falar que
os fatos aqui narrados foram pinçados de livros biográficos que possuem a marca
do IMPRIMATUR, o aval de legitimidade dado pela Igreja Católica às obras
literárias. E que também não desejamos, de modo algum, ofender os nossos irmãos
católicos, pois temos vários seguidores da nossa doutrina que tiveram como
primeira religião o Catolicismo, e como exemplo maior temos o nosso Chico
Xavier, que foi o Maior médium espírita do mundo – eleito em 2012, por programa
de uma emissora de TV, como “O Maior Brasileiro de Todos os Tempos”!
A mediunidade é a capacidade de
perceber o mundo espiritual. E esse contato com os espíritos (que as outras
religiões e a cultura popular denominam de anjos, demônios, deuses, espírito
santo, santos, gênios, manes...) dá-se por múltiplas formas: vendo, ouvindo,
sentindo, pressentindo, falando e até tocando os espíritos. A principal
mediunidade da Santa Teresa de Jesus foi a de ver as almas desencarnadas e o
plano espiritual: a Clarividência.
Em muitas passagens de sua
autobiografia (1), ela relata as suas visões. “Apareceu-me Cristo com grande
vigor, dando-me a entender quanto aquilo Lhe pesava. Vi-O com olhos da alma,
mais claramente do que O poderia ver com os olhos do corpo e ficou aquilo tão
bem impresso em mim que agora passados vinte e seis anos ainda me parece que O
tenho presente...”. Neste trecho ela viu o Espírito de Cristo, admoestando-a
por uma atitude errada. Interessante notar a descrição de como ela viu o
Espírito de Jesus de Nazaré: “Vi-O com olhos da alma”. Esta informação está
conforme a resposta obtida por Allan Kardec, em O Livro dos Espíritos, à
questão 428 feita aos Espíritos Superiores: “Qual a causa da clarividência
(...)? ‘Já o dissemos: É a alma que vê.’”. Portanto, a pessoa que tem a
faculdade mediúnica de ver os espíritos, mesmo que tape os olhos carnais com as
mãos, ou colocando um lençol ou um capuz sobre a cabeça, ainda assim continuará
a vê-los, pois enxerga com a visão espiritual.
Mas a grande mística de Ávila não
viu apenas Jesus, viu também outros Espíritos Iluminados. O biografo de São
Pedro de Alcântara, Frei Estefânio Piat (2), assim relata: “Santa Teresa (...)
viu Francisco de Assis e Antônio de Pádua ladeando Pedro de Alcântara para lhe
servir de ajudantes, num ofício religioso.”.
O Frei Pedro de Alcântara foi o
maior amigo da Santa padroeira da nossa cidade e apareceu, em espírito, para ela em várias
oportunidades: “O próprio céu ratifica esse julgamento quando, depois da morte,
Frei Pedro aparece à Reformadora do Carmelo, rodeado pelo brilho fulgurante de
sua beatitude e diz-lhe em tom penetrante: ‘O bendita penitência, que me valeu
tamanho peso de glória!’”.
A amizade entre os dois, Santa
Teresa e São Pedro, continuou por longo tempo, mesmo depois do desencarne
(morte corporal) do segundo: “Diversas vezes, quando as coisas se apertavam,
ele apareceu à querida carmelita para guiá-la e encorajá-la.”.
A Santa fazia igual a nós
espíritas quando precisamos de alguma orientação ou consolo da Espiritualidade
Superior, evocava o espírito do Frei Pedro: “Quando Madre Teresa sentia
qualquer desgosto ou sofria alguma contradição, costumava INVOCÁ-LO e se via impreterivelmente
ouvida.”.
Sobre o Espírito de São Pedro de
Alcântara, ela disse em outra passagem: “Tenho-o visto muitas vezes com
grandíssima glória. Parece-me que muito mais me consola do que quando aqui
estava.”.
Com tudo isso, vemos claramente
que a mediunidade não é exclusividade dos espíritas, é um fenômeno da Natureza
Humana! Todos os homens e mulheres podem tê-la, sejam espíritas, católicos,
evangélicos, judeus, budistas, hinduístas, mulçumanos ou ateus, pois a
manifestação mediúnica independe da crença ou da religião das pessoas!
(1) Vida de Santa Teresa de
Jesus Escrita por Ella Misma, impressa pela primeira vez em Salamanca, 1958,
sob os cuidados de Frei Luis de Léon.
(2) São Pedro de Alcântara, por
Frei Estefânio José Piat, Ed. Vozes, Petrópolis, RJ, 1962.
Autoria: Ramsés Mesquita (Dirigente do CEAL)
Artigo publicado no jornal “Correio Popular’, da cidade de Imperatriz/MA, no dia 14/10/2012.
Artigo publicado no jornal “Correio Popular’, da cidade de Imperatriz/MA, no dia 14/10/2012.
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